Como o nome "engate rápido" sugere, facilita a troca da pernada e anzol em tempo reduzido. Não se usam nós para conectar a pernada do anzol no chicote; dá-se um nó simples (ou nó gordo) na linha da pernada atraz do qual (desejando-se) coloca-se uma miçanga para segurar a pernada na alça do engate rápido. Os Atletas-pescadores o usam para durante as competições terem rapidez nas trocas de anzóis e mesmo para facilitar a retirada dos peixes embuchados.

Durante uma prova é possível, sem prejuizo do tempo, experimentar pernadas curtas e longas, bem como anzóis de tamanhos diferentes, na tentativa de melhorar a performance capturando mais peixes. Se fosse necessário atar um nó cada vez que fosse ser trocada uma pernada / anzol , essa perda de tempo poderia ser a diferença entre vencer ou perder, tornando inclusive mais rápido trocar a pernada e anzol do que tentar retirar o anzol da boca do peixe embuchado (sendo por isso que os Atletas-pescadores vão para uma prova às vêzes levando mais de uma centena de anzóis montados em pernadas).

Já como "rotor", funciona igual a um distorcedor no ponto em que a pernada é fixada à linha do chicote, assim evitando que as duas se embaracem. Outra vantagem conveniente é que, quando confeccionado corretamente, usando o nó de correr , o pescador pode ajustar a altura dos anzóis sem trocar o chicote. Dessa maneira, o trabalho de "procurar o peixe" é agilizado: pode-se facilmente mudar a altura das pernadas até descobrir a mais adequada.

À primeira vista, os rotores parecem ser frágeis, mas são disponíveis em temanhos diferentes, cada um adequado a cada tipo de pescaria, desde a de pequenos peixes até os "maiores". Além da pesca de praia, o rotor se mostra eficaz na pesca embarcada, principalmente quando se usa camarão vivo como isca. O rotor permite que a pernada gire em torno da linha, deixando o camarão livre para se movimentar mais e cobrir uma área maior.

Cuidados / Desvantagens

Montar um chicote com rotores de engate rápido requer um certo investimento de tempo e dinheiro, não sendo recomendável seu uso quando se pesca sobre pedras os peixes "de toca" como a e garoupa (Epinephelus gigas). O rotor não aguenta a força exercida na linha durante o esforço travado quando o bicho entoca e poderia liberar a pernada fazendo perder o peixe (mas isso também é uma vantagem pois quando preso nas pedras você perde um anzol e não o chicote inteiro).

Certifique-se de que a miçanga (ou o nó) na pernada é do tamanho certo. Se for pequena demais, poderá passar pela fenda da alça do rotor e deixar o peixe escapar. Como medida de segurança, pode-se fechar a alça do rotor um pouco mais, apertando-a com um alicate.

O rotor pode escorregar durante a luta com um peixe, andando em direção à ponta do chicote. Vale a pena conferir sua posição depois de cada captura.

A Montagem 

1. Fazer um "nó-do-oito" na extremidade superior do chicote (não é necessário destorcedor porque V. já tem um destorcedor com grampo na extremidade do arranque ).

2. Atar um nó de correr no chicote, uns 20 cm da ponta.

3. Colocar no chicote nessa ordem: uma miçanga,
   um rotor de engate rápido e outra miçanga.

4. Atar outro nó de correr logo abaixo da segunda miçanga, para segurar tudo no lugar.
   Obs: Se quiser outro rotor no chicote (para Pescar com duas pernadas), repetir as etapas,
   

5. Atar o grampo com destorcedor na outra ponta do chicote.

 DICAS

• A espessura e o comprimento da linha do chicote pode variar de acordo com as preferências de cada pescador, o equipamento que se costuma usar e o peixe que se espera fisgar; portanto, a linha do chicote jamais pode ser mais fina do que a linha do arranque caso contrário, arrebentará com o peso do chumbo no arremesso.
  

• Ao colocar o rotor no chicote, verifique se a alça está apontada pra baixo.
  
• As miçangas são indispensáveis e necessárias para garantir o livre movimento do rotor.
   

Os anzóis são empatados normalmente. Depois, é só colocar uma miçanga na ponta da pernada e atar um "nó gordo" para segurá-la. Caso não queira usar a miçanga (neste caso ela é dispensável), pode atar dois nós simples, um em cima do outro ("nó gordo"), para formar uma bolinha na ponta da pernada.

Mais uma fez, a espessura da linha e o comprimento da pernada dependem do pescador e da situação. Em geral, usa-se pernadas compridas e finas em mar calmo (quando prendem na pedra, sendo a linha "mais fina" V. só perde o anzol).

 A ponta da pernada é inserida na abertura do rotor e puxada até engatar na alça.

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